mulher canção
cabelos desfibrados
emolduram-se ao vento
mulher solidão
olhos no céu plantados
face de quem dribla o tempo
tempo para
tempo escoa
tempo corre
tempo voa
mulher dorme
no berço do tempo
vida escorre
onde perdeu-se o lamento
Úrsula Avner
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
* Na hora zero *
Na hora zero
não me fustigará
o sol do meio dia
não se inclinará
meu corpo
ao cansaço das horas
não verei
os vincos da dor
ou os espinhos da injustiça
não terei por companhia
sombras encarceradas
não ouvirei ruflar
algum tambor
a guerra é uma sucessão de erros
não sabe do contorcionismo da ostra
quando germina a pérola
na hora zero
nenhum movimento
somente o eco cavernoso
do insolvente silêncio
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google
não me fustigará
o sol do meio dia
não se inclinará
meu corpo
ao cansaço das horas
não verei
os vincos da dor
ou os espinhos da injustiça
não terei por companhia
sombras encarceradas
não ouvirei ruflar
algum tambor
a guerra é uma sucessão de erros
não sabe do contorcionismo da ostra
quando germina a pérola
na hora zero
nenhum movimento
somente o eco cavernoso
do insolvente silêncio
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google
terça-feira, 24 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
*(De) lírio *
deitada sobre colchão
de folhas secas
não vi estrelas no céu
tudo tão escuro misterioso
como no interior da traqueia
ou num beijo de língua
que fermenta a espuma nas bocas
só a saliva do desejo é cristalina
de olhos cerrados vi
um vestido cor de prata
talvez fosse rosa chá
pequeno ponto de luz
na negritude
barulho algum
a não ser
a sonoridade seca
das folhas copulando
ao vento
(de)lírio
só soube daquele
bordado no vestido
pela manhã
há de orvalhar poesia
em vestes de seda
depois de romper
o silêncio insondável
da placenta
fórceps ao avesso
Úrsula Avner
* imagem do google
* poesia com registro de autoria
de folhas secas
não vi estrelas no céu
tudo tão escuro misterioso
como no interior da traqueia
ou num beijo de língua
que fermenta a espuma nas bocas
só a saliva do desejo é cristalina
de olhos cerrados vi
um vestido cor de prata
talvez fosse rosa chá
pequeno ponto de luz
na negritude
barulho algum
a não ser
a sonoridade seca
das folhas copulando
ao vento
(de)lírio
só soube daquele
bordado no vestido
pela manhã
há de orvalhar poesia
em vestes de seda
depois de romper
o silêncio insondável
da placenta
fórceps ao avesso
Úrsula Avner
* imagem do google
* poesia com registro de autoria
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
* Simplesmente azul *
Olá queridos (as) amigos(as) e visitantes,
tem poesia de minha autoria postada no Maria Clara Simples mente poesia. Clique no link abaixo para conferir. Obrigada por sua visita e apreciação.
http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/
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sábado, 14 de novembro de 2009
* Perplexidade *
susto na fala
tonicidade no olhar
borboleta tonta paira
beija a corola de uma dália
flor dadivosa
menina manhosa
drapeja até o engulho
repele a borboleta com orgulho
há uma força oculta
no seio da pétala
não propalada pela boca
que a reprime
percebida porém pelo olhar
que a resume
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google- sem informação de autoria
tonicidade no olhar
borboleta tonta paira
beija a corola de uma dália
flor dadivosa
menina manhosa
drapeja até o engulho
repele a borboleta com orgulho
há uma força oculta
no seio da pétala
não propalada pela boca
que a reprime
percebida porém pelo olhar
que a resume
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
* imagem do Google- sem informação de autoria
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
* dobradinha poética *
* Luzes
aglomeram-se
feito vaga-lumes
a cidade dorme
porém elas ...
são sentinelas
espiam segredos
por entre os cumes
* Silêncio
palavra veio
pousou de mansinho
não quis repousar
seguiu caminho
virou borboleta
em outro lugar
Úrsula Avner
*imagem do Google
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vaga-lumes
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
* depois da tempestade *
tela : Salvador Dali
da avidez pluvial
o que fica
desenha poliedros na calçada
desejos encharcados
já não respondem
ao apelo visceral
há delírio na estrada
palavras são pêndulos
instáveis
ávidas e alucinadas
se moldam
frenesi
cansadas de vagar
se acomodam
cheias de si
Úrsula Avner
* poema com registro de autoria
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
* Quando amanhece em mim *
Quando em mim amanhece
sereno é o fôlego da reflexão
que meus sentimentos aquece
salpicado de luz pulsa o coração
vontades e segredos destelhados
são como o sol em céu crepuscular
vago pelas vigas dos meus sobrados
desponta alvorada no olhar
nas trilhas que o destino esculpiu
não sei o quanto de mim ficou
cimentado nas lacunas do tempo
e o quanto de mim encontrou
liberdade nas espirais do vento
não sei na inteireza
o que do meu ser fluiu
sei apenas que
quando amanhece em mim
flores aromáticas espocam na alma
borboletas coloridas bailam
com admirável elegância e calma
Úrsula Avner
* imagem do Google- sem informação de autoria
* poema com registro de autoria
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